

28 de out. de 2025
Ao longo de três meses, a 2ª Bienal das Amazônias vem encantando os visitantes com a mostra “Verde-Distância” ao destacar diferentes formas de ver e sentir as Amazônias. Esta semana, a mostra, que alcançou mais de 33 mil visitantes, chega à última semana de visitação pública. As portas do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) estarão abertas até domingo (30), proporcionando um encontro com a arte ancestral que conecta 74 artistas e coletivos de oito países da Pan-Amazônia e do Caribe.
A segunda edição da Bienal das Amazônias reafirmou seu propósito em evidenciar artistas que carregam em suas obras as narrativas que formam o território amazônico. A curadoria é assinada por Manuela Moscoso (curadora-chefe), em colaboração com Sara Garzón (curadora adjunta), Jean da Silva (cocurador do programa público), e Mónica Amieva (curadora pedagógica).
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A presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Fernandes Marighella, já declarou que a Bienal das Amazônias integra oficialmente o calendário nacional e a rede de Bienais de arte do país.
Para ela, o projeto idealizado pela produtora cultural Lívia Condurú, não é tão somente um evento. “É um equipamento de cultura. E digo que é uma honra para o Brasil, e também nas suas relações internacionais, praticar essa experiência artística e cultural nesse território”, afirma.
“Encerramos esse ciclo da Bienal das Amazônias com muita satisfação. Foram mais de 100 dias de exposição, mais de 25 mil pessoas atendidas, dezenas de artistas envolvidos e uma programação ampla, que passou por exposições, ações educativas e encontros públicos. Os números refletem a dimensão do trabalho e o interesse real do público”, afirma Lívia Condurú.
Com o devido protagonismo, a Amazônia vem conduzindo as práticas artísticas que atravessam as histórias, os territórios e as linguagens de seus habitantes. Segundo Manuela Moscoso, a mostra “Verde-Distância” é fruto de um processo curatorial construído por meio de visitas, escutas e pesquisas em locais brasileiros como no Marajó, Amapá, Acre e Boa Vista, e pan-americanos como Guiana, Suriname, Peru, Equador, Colômbia, entre outros territórios.
O Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) também acolheu ações do Programa Público Germinantes, inspirado na obra “Sementes Germinadas”, de Roberto Evangelista, dividido em três eixos (Sonhos, Memórias e Sotaques), realizados respectivamente, nos meses de setembro, outubro e novembro, em parceria com artistas e projetos locais.
O Programa contou com convidados para mediar as atividades com o público. Ao longo de três meses foram realizadas diversas assembleias, performances, oficinas, cine debates, ateliês, shows, rodas de conversa e contação de histórias registrando a participação de mais de 1.500 pessoas até agora.
A última atividade do programa será o show de música eletrônica periférica amazônica do Coletivo Cabanus Rev, neste sábado (29), às 18h, com DJ Matoss e Nic Dias (DJ Baby Prince$$). Juntos irão comandar a programação que celebra as vozes, batidas e os ritmos que ecoam nas periferias amazônidas.
As atividades pedagógicas, por sua vez, promoveram diálogos e trocas de experiências sobre elementos que refletem a identidade amazônida. Ao longo de 60 ações, entre visitas mediadas, oficinas e atividades especiais, o programa já recebeu mais de 1.100 participantes.
No Ateliê dos Sonhos, Memórias e Sotaques, mais de 900 pessoas se dedicaram a criar intervenções artísticas com a equipe de arte-educação.
Encerrando a programação cultural, o laboratório “Sotaques do Corpo: Performance, Teatro e Slam Poesia”, ministrado pela arte-educadora Arth, acontece neste domingo (30), às 10h, com foco em escrita criativa e consciência corporal.
A 2ª Bienal das Amazônias tem patrocínio master do Nubank, Shell e Vale, e patrocínio do Mercado Livre, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A 2ª edição conta também com o apoio institucional do Instituto Cultural Amazônia do Amanhã (ICAA) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa na Amazônia (FADESP).
Horário de funcionamento da 2ª Bienal das Amazônias, até 30 de novembro de 2025
Quarta e quinta-feira, das 9h às 17h; sexta e sábado das 10h às 20h; e domingos e feriados das 10h às 15h. A última entrada é sempre uma hora antes do fechamento.
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